domingo, 24 de agosto de 2014

câncer
  


   Como diminuir o risco de desenvolver câncer de mama 
A prevenção do câncer de mama pode ser dividida em três partes:
  • Prevenção primária: tudo aquilo que pode ser feito para evitar a ocorrência do câncer
  • Prevenção secundária: diagnóstico precoce e prevenção da recorrência (recidiva)
  • Prevenção terciária: medidas para minimizar o impacto da doença já estabelecida, na qualidade de vida das pessoas.
Abordaremos aqui apenas a prevenção primária e secundária.

Prevenção primária

O câncer de mama é em parte decorrente de uma série de fatores de risco:
  • Idade avançada
  • Predisposição genética hereditária
  • História familiar
  • Menarca (primeira menstruação) precoce e menopausa tardia
  • Radioterapia prévia na região do tórax
  • Mamas mais densas
  • Obesidade
  • Sedentarismo
  • Etilismo (alcoolismo)
  • Tabagismo
  • Uso de reposição hormonal (reposição de hormônios após a menopausa)
Dentre estes, constam fatores que podem ser considerados fatores modificáveis e outros não modificáveis (idade, história familiar, mamas densas).
Dentre os fatores modificáveis, você pode ajudar a prevenir o câncer mantendo um peso saudável (obesidade aumenta o risco), uma dieta balanceada, fazendo atividade física, não fumando, não ingerindo bebidas alcoólicas em excesso.
Além disso, para mulheres na menopausa, é aconselhável não fazer reposição hormonal, ou fazê-lo sob orientação estrita de um médico.
Havendo fatores não modificáveis, o que pode e deve ser feito é uma investigação (no caso de haver história familiar de câncer de mama e/ou ovário), para identificar a possível presença de uma predisposição genética hereditária, e com base nesta avaliação (veja o item sobre risco), poder tomar decisões sobre intervenções redutoras de risco, discutidas abaixo.
Esta avaliação e a decisão de fazer testes genéticos, somente devem ocorrer após uma orientação adequada, geralmente feita por um oncogeneticista.
Embora seja difícil quantificar a diminuição do risco de câncer de mama especificamente promovida por uma intervenção como, por exemplo, perda de peso, vale ressaltar que todas as intervenções em fatores modificáveis trazem também benefícios para a saúde em outras esferas, não apenas no câncer de mama.
Além destas medidas de intervenção em fatores de risco, existe a intervenção medicamentosa redutora do risco. Nesta estratégia, mulheres com um risco calculado maior que o da população geral, podem tomar Tamoxifeno ou Raloxifeno por 5 anos, sendo que estas medicações reduzem de maneira significativa o risco de se desenvolver câncer de mama, e esta redução perdura por vários anos, mesmo após o término dos 5 anos de medicação.
Lamentavelmente, esta prevenção medicamentosa ocorre às custas de efeitos colaterais frequentemente mal aceitos pelas mulheres (ondas de calor, suodorese exacerbada, retenção de líquido).

Pacientes com predisposição genética (hereditária) ao câncer de mama

Há alguns aspectos na história pessoal e familiar de pacientes que nos fazem pensar na possibilidade de uma predisposição genética.
São estes fatores:
  • Câncer de mama diagnosticado antes dos 50 anos em parentes de primeiro ou segundo grau;
  • História de parentes com câncer de mama e/ou de ovário;
  • Familiar com câncer de mama em ambas as mamas; ascendência judia Aschkenazi (leste europeu);
  • Parente homem com câncer de mama.
Embora haja diversas mutações genéticas hereditárias que podem predispor ao desenvolvimento de câncer de mama (entre outros tipos de câncer), aquelas mais frequentemente associadas ao câncer de mama (e de ovário) são as mutações nos genes denominados BRCA1 e BRCA2. Apenas algo em torno de 10% dos casos de câncer de mama diagnosticados são consequência destas mutações, mas para uma pessoa que tenha uma destas mutações, o risco de desenvolver câncer de mama (e/ou ovário) ao longo da vida é de mais de 50%.
Assim, quando se sabe que uma mulher é portadora de uma destas mutações, é necessária uma discussão aberta sobre medidas de prevenção, que podem ir desde um seguimento mais frequente e com exames mais sofisticados (como ressonância nuclear magnética das mamas), passando por medicações como Tamoxifeno, até cirurgias redutoras de risco (mastectomia profilática e/ou retirada profilática dos ovários).

Prevenção secundária

Aqui entram estratégias de rastreamento populacional assim como estratégias individualizadas em função de história familiar ou pessoal.
O rastreamento mais comum é a mamografia, que nada mais é que um raio-X em duas incidências de cada uma das mamas. Recomendamos que a mamografia seja feita a partir dos 40 anos de idade de maneira anual, em linha com o que é proposto pela American Cancer Society. Não há idade limite para a realização de mamografia, sendo que o bom senso dita que quando uma mulher tiver uma expectativa de vida curta, não mais faz sentido rastrear o câncer de mama.
ultrassom das mamas serve como complemento à mamografia, pois ajuda a diferenciar cistos (conteúdo líquido, raramente canceroso) de nódulos, mal diferenciados na mamografia.
ressonância nuclear magnética (RNM) é recomendada para o rastreamento apenas em populações de alto risco, como pacientes com uma história familiar suspeita de predisposição genética, pacientes sabidamente com predisposição genética ao câncer ou pacientes que já tiveram um primeiro câncer de mama. Nas pacientes com alto risco definido com base em história familiar ou genética, a recomendação é iniciar o rastreamento aos 30 anos de idade.
Mamografia, ultrassom e RNM podem ser laudados com referência a uma classificação chamada de Bi-RADS. A lista abaixo indica o significado e a conduta em cada caso, com base no Bi-RADS:
CategoriaSeguimento proposto
Zero – Indica necessidade de imagens adicionaisImagens adicionais (MMG ou RNM)
1 – Negativa: sem anormalidadesSeguimento anual
2 – Benigno: alterado, mas não suspeitoSeguimento anual
3 – Provavelmente benignoMamografia após 6 meses
4 – Alteração suspeita, provavelmente benignaNecessita biópsia
5 – Altamente suspeito para malignidadeNecessita biópsia
6 – Sabidamente malignoBiópsia com diagnóstico de câncer
Assim como na prevenção primária, em casos onde a mulher já teve um câncer de mama ou uma doença pré-cancerosa (também denominado de carcinoma in-situ) com determinadas características (presença dos chamados receptores hormonais no tumor), está indicada uma prevenção secundária com Tamoxifeno (ou uma classe de medicações denominada Inibidores de Aromatase, se a mulher tiver tido um câncer).
Neste caso, a medicação tem por objetivo reduzir o risco de aparecimento de um novo tumor (seja maligno, seja pré-canceroso) na mesma mama, assim como na mama contralateral.

Prevenção terciária

Consiste em intervenções com objetivo de minimizar a perda de qualidade de vida decorrente da doença. Este tópico está discutido na sessão de tratamento.
- See more at: http://www.cancerdamama.com/prevencao/como-diminuir-o-risco-de-desenvolver-cancer-de-mama/#sthash.f7FHyGd7.dpuf

Quem procurar
Uma mulher que queira prevenir o câncer de mama deve, antes de mais nada, ter um médico (ginecologista, mastologista, geriatra) com o qual possa discutir esta preocupação.
Com base na idade da paciente, na sua história familiar, e na presença e gravidade de outras doenças que ela possa ter, este médico pode propor estratégias diferentes de prevenção.
Em linhas gerais, porém, a prevenção consiste em:
  • Exame anual das mamas por um profissional de saúde;
  • Mamografia anual ou bianual, a partir dos 40 anos de idade (em mulheres com risco equivalente ao da população geral).
Para mulheres identificadas como tendo um risco maior que o da população geral (com base em história familiar de outros casos de câncer de mama e/ou ovário), a recomendação pode ser por uma estratégia de rastreamento ainda mais precoce, e até o encaminhamento para um Oncogeneticista.
Este profissional pode, a partir de uma elaborada história familiar e de um heredograma (árvore da família no que tange a outros casos de câncer), calcular o risco de uma paciente desenvolver câncer, com base em vários modelos matemáticos.
Com o resultado deste risco calculado, pode então ser necessário o encaminhamento para um mastologista que pode propor uma cirurgia redutora de risco, ou para um oncologista que poderá propor medidas medicamentosas para prevenção.
No Brasil, onde a Mamografia de rastreamento é recomendada pelo Ministério da Saúde a partir dos 50 anos (o ideal seria a partir dos 40 anos), toda mulher a partir desta idade deve procurar uma Unidade Básica de Saúde para solicitar o exame das mamas por um profissional médico e uma Mamografia.
Mulheres a partir dos 40 anos de idade, que procurarem uma Unidade Básica de Saúde, têm amparo na lei (lei 11664/08) para solicitar que seja feita mamografia de rastreamento, apesar da  falta de recomendação formal pelo Ministério da Saúde.
Além disso, se ao autoexame (falamos hoje muito mais em autoconhecimento das mamas), a mulher notar uma alteração nova, ela deve procurar o médico (ginecologista, mastologista, clínico geral, geriatra ou oncologista).
Este deverá fazer o exame clínico das mamas e solicitar a mamografia independentemente da idade da paciente.

Novidades no tratamento do câncer de mama

Pesquisas com novas medicações no tratamento do câncer de mama metastático trazem notícias muito encorajadoras.

Os novos dados se referem tanto a mulheres cujos tumores apresentam receptores hormonais quanto a mulheres cujos tumores hiperexpressam Her2. Em conjunto, estes avanços deverão acrescentar boas opções de tratamento para mais de 70% das mulheres com câncer de mama metastático.
Segue breve descrição sobre estes avanços:

Everolimus + Exemestano

Estudo da associação de medicação denominada Everolimus com hormonioterapia em segunda linha denominado Exemestano mostrou que esta combinação prolongava de maneira muito significativa o tempo que uma mulher permanece livre de progressão da doença (e portanto o tempo que esta mulher consegue adiar o início da quimioterapia, após falha da hormonioterapia).
Mulheres que receberam Exemestano apenas tiveram controle da doença por 4,1 meses na mediana, enquanto aquelas que receberam a associação de Exemestano com Everolimus (oral) tiveram controle por 10,6 meses. A combinação foi bem tolerada, com raros casos de efeitos colaterais graves.
Com base nestes resultados, é muito provável que no futuro próximo comecemos a usar esta associação de Everolimus com hormonioterapia em mulheres com câncer de mama metastático receptor positivo.
Referêcia: Baselga, N Engl J Medicine 2011

Trastuzumabe e quimioterapia

Mulheres cuja doença expressa a proteína Her2 em excesso se beneficiam de maneira muito significativa da associação da medicação Trastuzumabe (um anticorpo anti-Her2) à quimioterapia, tanto na doença metastática, quanto no tratamento adjuvante (pós-operatório, com intuito curativo).
Um novo estudo, publicado no início de dezembro, mostra que a associação de outro anticorpo anti-Her2, denominado de Pertuzumabe, quando associado ao Trastuzumabe e quimioterapia, pode promover grande benefício para mulheres com câncer de mama metastático.
O grupo de mulheres que recebeu a combinação de Pertuzumabe, Trastuzumabe e quimioterapia teve controle da doença por 18,5 meses, contra 12,4 meses no grupo que recebeu “apenas” Trastuzumabe e quimioterapia. Este aumento representa um avanço gigantesco do ponto de vista oncológico, no contexto da doença destas pacientes e deverá mudar a forma pela qual tratamos câncer de mama Her2-positivo no futuro próximo.
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sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Alimentação

Comer muita carne vermelha pode aumentar risco de câncer de mama

Pesquisa de Harvard mostrou que probabilidade por ser 22% maior entre mulheres que consomem mais de seis porções do alimento por dia

Consumo de carne vermelha pode estar relacionado a risco de câncer de mama, diz estudo
Consumo de carne vermelha pode estar relacionado a risco de câncer de mama, diz estudo (Thinkstock/VEJA)
Uma nova pesquisa da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, sugere que uma alimentação rica em carne vermelha ajuda a elevar o risco de câncer de mama. Inversamente, substituir a carne vermelha por frango, peixe ou leguminosas ao menos uma refeição por dia diminui essa probabilidade.
Estudos já haviam sugerido que uma dieta rica em proteína pudesse favorecer o desenvolvimento do câncer de mama. Porém, como as fontes de proteína na alimentação são muito variadas, era possível supor que cada alimento proteico tivesse um efeito distinto sobre a doença.

Mamografia 3D é mais eficaz do que a convencional, confirma estudo

Técnica associa mamografia convencional a exame de imagem tridimensional. Pesquisa concluiu que abordagem reduz diagnósticos falsos em 15%

Câncer de mama: Brasil terá 57.000 novos casos em 2014, diz Inca
A mamografia tridimensional é capaz de detectar um maior número de tumores na mama e realiza menos diagnósticos errados em comparação com o exame convencional. Essas são as conclusões de um amplo estudo clínico publicado nesta quarta-feira no periódico Journal of the American Medical Association (Jama).A técnica 3D combina a mamografia digital convencional com a tomossíntese, exame que reconstrói a imagem da mama a partir de vários pontos diferentes e, portanto, de forma mais detalhada e precisa. Tanto a mamografia convencional quando a associada à tomossíntese são realizadas de forma similar, em um mesmo equipamento e a diferença entre a duração de cada exame é mínima. A técnica já é aprovada no Brasil.
De acordo com a pesquisa, a mamografia 3D aumenta em 29% a detecção de cânceres mamários em relação ao exame bidimensional. Se levados em consideração apenas os tumores mais agressivos, a diferença chega a 41%. Além disso, a técnica parece reduzir em 15% a taxa de diagnóstico errado, tanto falso positivo quanto falso negativo.
O novo estudo foi coordenado por Sarah Friedwald, médica do Advocate Lutheran General Hospital, no estado americano de Illinois. Segundo os autores, essa é a maior pesquisa realizada até agora sobre a eficácia da tomossíntese.

terça-feira, 12 de agosto de 2014




Sobre o Câncer Câncer Colorretal


O câncer do intestino grosso, chamado também de câncer de cólon e de reto ou colorretal, é uma doença que atinge indistintamente homens e mulheres. 

Em sua maioria, o câncer colorretal se desenvolve gradativamente por uma alteração nas células que começam a crescer de forma desordenada sem apresentar qualquer sintoma. 

Por esse motivo, a detecção precoce é fundamental. Quanto mais cedo é diagnosticada, maiores as chances de cura da doença.

Crescimentos Anormais no Cólon ou no Reto

A maioria dos cânceres colorretais se desenvolve lentamente por vários anos. Antes de ser câncer a doença começa com o crescimento de tecido, geralmente um pólipo não cancerígeno, no revestimento interno do cólon ou do reto. Um tumor é um tecido anormal e pode ser benigno ou maligno. Um pólipo é benigno, mas alguns pólipos podem se transformar em câncer. A chance dessa transformação depende do tipo de pólipo:

  • Pólipos Adenomatosos (Adenomas) – São pólipos que podem se transformar em câncer. Devido a isso, os adenomas são considerados uma condição pré-cancerígena.

  • Pólipos Hiperplásicos e Pólipos Inflamatórios - Em geral, não são pré-cancerígenos. Alguns médicos acreditam que os pólipos hiperplásicos podem se tornar pré-cancerígenos ou ainda ser um sinal do desenvolvimento de um adenoma, particularmente quando estes pólipos estão no cólon ascendente.

Outro tipo de lesão pré-cancerígena é a displasia. Displasia é uma área no revestimento do cólon ou do reto, onde as células parecem anormais, mas quando analisadas sob um microscópio se trata apenas de células normais. Entretanto estas células podem se transformar em câncer com o tempo. A displasia é geralmente detectada em pessoas que tiveram doenças, como colite ulcerativa ou doença de Crohn por muitos anos. Tanto a colite ulcerativa e a doença de Crohn causam inflamação crônica no cólon.

Tipos de Câncer Colorretal

Existem vários tipos de câncer que se iniciam no cólon ou no reto:

  • Adenocarcinomas - Os adenocarcinomas representam mais de 95% dos cânceres colorretais. Se iniciam nas células que produzem o muco que lubrifica o interior do cólon e do reto.

  • Tumores Carcinoides - Estes tumores começam nas células do intestino que produzem hormônios específicos. .

  • Tumores Estromais Gastrointestinais (GIST) - Começam a partir de células específicas na parede do intestino denominadas células intersticiais de Cajal. Alguns são benignos, outros são malignos. Estes tumores podem ser encontrados em qualquer parte do trato digestivo, e são incomuns no cólon.

  • Linfomas – São cânceres das células linfáticas como nos linfonodos, mas também podem se iniciar no cólon, no reto ou em outros órgãos.

  • Sarcomas - Estes tumores podem se iniciar nos vasos sanguíneos, no tecido muscular ou conjuntivo na parede do cólon e do reto. Os sarcomas do cólon ou do reto são raros.

Causas do Câncer Colorretal

A causa da maioria dos casos de câncer de intestino ou colorretal ainda é desconhecida, mas muitas pesquisas estão sendo realizadas nesta área.

Existe atualmente, alguns progressos na compreensão de como certas mutações no DNA podem fazer com que células normais se tornem cancerígenas. O DNA contêm as instruções genéticas que coordenam o desenvolvimento e funcionamento de todas as células. Normalmente, as pessoas se parecem com seus pais, porque eles são a fonte de seu DNA. Entretanto, o DNA também pode influenciar o risco de desenvolver certas doenças, como alguns tipos de câncer.

Alguns genes contêm instruções para controlar o crescimento e divisão das células. Os genes que promovem a divisão celular são chamados oncogenes. Os genes que retardam a divisão celular ou levam as células a morte no momento certo são chamadas de genes supressores de tumor. Os cânceres podem ser causados ​​por alterações do DNA que se transformam em oncogenes ou desativam os genes supressores de tumor. Mutações em vários genes diferentes parecem ser necessárias para causar o câncer colorretal.

Estas alterações genéticas podem ser herdadas de um dos pais ou adquiridas durante a vida de uma pessoa, se as células do corpo cometerem "erros”, se dividindo para formar duas novas células:

  • Mutações Genéticas Herdadas

Alguns cânceres colorretais são causados por mutações genéticas, hoje, já se conhecem muitas dessas mutações no DNA e seus efeitos sobre o crescimento das células.

As síndromes hereditárias mais comuns associadas ao câncer colorretal são: polipose adenomatosa familiar, câncer colorretal hereditário sem polipose, síndrome de Gardner, síndrome de Turcot, síndrome de Peutz-Jeghers e polipose MUTYH.

Os exames genéticos podem detectar as alterações genéticas associadas com estas síndromes hereditárias. Se você tiver histórico familiar de pólipos ou câncer colorretal ou outros sintomas ligados a essas síndromes, converse com seu médico sobre aconselhamento e exames  genéticos.

  • Mutações Genéticas Adquiridas

A maioria das mutações do DNA relacionadas ao câncer colorretal não são herdadas, mas adquiridas durante a vida de uma pessoa. Existem alguns fatores de risco que provavelmente desempenham um papel importante nas mutações adquiridas, mas até agora não existe comprovação específica de qualquer mutação que cause o câncer colorretal.

Em muitos casos, a primeira mutação ocorre no gene APC, causando aumento do crescimento de células do intestino grosso devido à perda desse "freio” no crescimento celular. Outras mutações podem então ocorrer em genes como KRAS, TP53 e SMAD4. Essas alterações podem levar às células a um crescimento e disseminação de forma incontrolável. Outros genes ainda não descobertos quanto a sua participação provavelmente também estão envolvidos.

Crescimentos Anormais no Cólon ou no Reto

A maioria dos cânceres colorretais se desenvolve lentamente por vários anos. Antes de ser câncer a doença começa com o crescimento de tecido, geralmente um pólipo não cancerígeno, no revestimento interno do cólon ou do reto. Um tumor é um tecido anormal e pode ser benigno ou maligno. Um pólipo é benigno, mas alguns pólipos podem se transformar em câncer. A chance dessa transformação depende do tipo de pólipo:

  • Pólipos Adenomatosos (Adenomas) – São pólipos que podem se transformar em câncer. Devido a isso, os adenomas são considerados uma condição pré-cancerígena.

  • Pólipos Hiperplásicos e Pólipos Inflamatórios - Em geral, não são pré-cancerígenos. Alguns médicos acreditam que os pólipos hiperplásicos podem se tornar pré-cancerígenos ou ainda ser um sinal do desenvolvimento de um adenoma, particularmente quando estes pólipos estão no cólon ascendente.

Outro tipo de lesão pré-cancerígena é a displasia. Displasia é uma área no revestimento do cólon ou do reto, onde as células parecem anormais, mas quando analisadas sob um microscópio se trata apenas de células normais. Entretanto estas células podem se transformar em câncer com o tempo. A displasia é geralmente detectada em pessoas que tiveram doenças, como colite ulcerativa ou doença de Crohn por muitos anos. Tanto a colite ulcerativa e a doença de Crohn causam inflamação crônica no cólon.

Perguntas para o Médico sobre o Câncer Colorretal

O diagnóstico do câncer cria muitas dúvidas e inseguranças. Anote sempre as suas e pergunte para seu médico. 

Algumas sugestões de perguntas a serem feitas:

  • Que tipo de câncer colorretal eu tenho?
  • Onde o tumor está localizado?
  • Este é um câncer hereditário?
  • É necessária a realização de exames adicionais ou biópsias?
  • O resultado demora muito para sair?
  • Qual é o estadiamento da minha doença? O que isso significa?
  • Você pode me explicar o laudo de patologia?
  • Quais as opções de tratamento disponíveis para o meu caso?
  • Qual o tratamento que você recomenda? Por quê?
  • Qual é o objetivo do meu tratamento?
  • Quanto tempo dura o tratamento?
  • Quais são os possíveis efeitos colaterais do tratamento a curto e longo prazo?
  • O que pode ser feito para diminuir os efeitos colaterais?
  • De que forma o tratamento afetará minhas atividades do dia a dia?
  • Quais os efeitos colaterais dos medicamentos utilizados no tratamento?
  • Como o tratamento será planejado? Que tipos de exames serão realizados?
  • Será necessário fazer radioterapia?
  • Onde será feita a radioterapia?
  • Qual a frequência da radioterapia?
  • É possível fazer quimioterapia e radioterapia ao mesmo tempo?
  • Meu tipo de câncer permite tratar cirurgicamente? Por quê?
  • Com que frequência devo fazer as consultas de retorno?
  • O que é colostomia? Será necessária no meu caso?
  • Poderei voltar a realizar minhas atividades normalmente?
  • Quais são as chances do câncer voltar?

É muito importante perguntar e esclarecer todas suas dúvidas, a informação é um direito seu!

Com que Médico devo me Consultar?

Coloproctologista é o médico especialista nas doenças do intestino, reto e ânus. O coloproctologista deve ser consultado na presença de um dos seguintes sintomas:

  • Presença de sangue nas fezes.
  • Sangramento anal seja em pequena ou grande quantidade.
  • Dificuldade ao evacuar.
  • Dor ou cólica abdominal sem motivo específico.
  • Ardência ou coceira anal.
  • Diarreia de longa data.
  • Histórico de câncer colorretal na família.

Deve ser lembrado que pessoas com mais de 50 anos de idade podem consultar um coloproctologista para determinar o risco de desenvolver câncer colorretal. A incidência de casos é maior em pessoas com mais de 50 anos.

Sinais e Sintomas do Câncer Colorretal

A maioria dos casos, em estágio inicial, de câncer colorretal não apresentam quaisquer manifestações clínicas. Por isso, é importante ficar atento a qualquer mudança, sinal ou sintoma diferente. Converse com seu médico ou consulte um coloproctologista em caso de apresentar:

  • Diarreia ou constipação.
  • Sensação de que o intestino não é completamente esvaziado.
  • Presença de sangue nas fezes.
  • Dor abdominal tipo cólica, sensação de inchaço abdominal.
  • Perda de peso sem um motivo específico.
  • Cansaço e fadiga constante.
  • Náuseas e vômitos.

Estes sintomas também estão relacionados a outras doenças, não são necessariamente sinais e sintomas exclusivos do câncer colorretal. Entretanto, existindo qualquer um desses sintomas, um médico deverá ser consultado para o diagnóstico preciso e o início do tratamento caso necessário.


segunda-feira, 11 de agosto de 2014


Câncer de Mama

Sintomas

O sintoma mais comum de câncer de mama é o aparecimento de um caroço. Nódulos que são indolores, duros e irregulares têm mais chances de ser malignos, mas há tumores que são macios e arredondados. Portanto, é importante ir ao médico. Outros sinais de câncer de mama incluem:
  • inchaço em parte do seio;
  • irritação da pele ou aparecimento de irregularidades, como covinhas ou franzidos, ou que fazem a pele se assemelhar à casca de uma laranja;
  • dor no mamilo ou inversão do mamilo (para dentro);
  • vermelhidão ou descamação do mamilo ou pele da mama;
  • saída de secreção (que não leite) pelo mamilo;
  • caroço nas axi
  • Câncer de Mama
Sintomas
O sintoma mais comum de câncer de mama é o aparecimento de um caroço. Nódulos que são indolores, duros e irregulares têm mais chances de ser malignos, mas há tumores que são macios e arredondados. Portanto, é importante ir ao médico. Outros sinais de câncer de mama incluem:
  • irritação da pele ou aparecimento de irregularidades, como covinhas ou franzidos, ou que fazem a pele se assemelhar à casca de uma laranja;
  • dor no mamilo ou inversão do mamilo (para dentro);
  • vermelhidão ou descamação do mamilo ou pele da mama;
  • saída de secreção (que não leite) pelo mamilo;
  • caroço nas axilas

domingo, 10 de agosto de 2014

Projeto Vida



Foi criado com o anseio de conhecer in loco a situação geral das famílias assistidas pela Casa Durval Paiva. Identificando, através de visitas domiciliares, as carências/necessidades existentes e tentar saná-las ou diminuí-las proporcionando o resgate de cidadania e a qualidade de vida dos pacientes e seus familiares. Sua abrangência é estadual (RN).
Período: Desde 1998.
Atividades: Após o mapeamento da situação de cada família, se necessário, parte-se então para ações mais efetivas como reformas ou construções de residências. Dentre as ações também estão incluso o resgate de pacientes que abandonaram o tratamento e a viabilização de trabalho para os pais desempregados.
Apoiadores: Instituto Ronald McDonald e Doadores da Casa.





Sobre o câncer - O que é

Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado (maligno) de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se (metástase) para outras regiões do corpo.
Dividindo-se rapidamente, estas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores (acúmulo de células cancerosas) ou neoplasias malignas. Por outro lado, um tumor benigno significa simplesmente uma massa localizada de células que se multiplicam vagarosamente e se assemelham ao seu tecido original, raramente constituindo um risco de vida.
Os diferentes tipos de câncer correspondem aos vários tipos de células do corpo. Por exemplo, existem diversos tipos de câncer de pele porque a pele é formada de mais de um tipo de célula. Se o câncer tem início em tecidos epiteliais como pele ou mucosas ele é denominado carcinoma. Se começa em tecidos conjuntivos como osso, músculo ou cartilagem é chamado de sarcoma.
Outras características que diferenciam os diversos tipos de câncer entre si são a velocidade de multiplicação das células e a capacidade de invadir tecidos e órgãos vizinhos ou distantes (metástases).
Fonte: Instituto Nacional do Câncer - INCA
www.inca.gov.br

Sobre o Câncer - Tipos

Na faixa etária que compreende dos 0 aos 19 anos, as neoplasia mais freqüentes incluem as leucemias (tumores da medula óssea), os tumores de sistema nervoso central e os linfomas (tumores do sistema linfático), diferentemente dos adultos em que há predomínio das neoplasias do sistema de revestimento dos tecidos (carcinomas).
De acordo com a Classificação Internacional do Câncer Infantil segundo a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC) de 1996, os principais grupos diagnósticos são:
  • Leucemias
  • Linfomas e Neoplasias Reticuloendoteliais
  • Neoplasias do Sistema Nervoso Central e Neoplasias Intracraniais e Intraespinhais Mistas
  • Tumores do Sistema Nervosos Simpático
  • Retinoblastoma
  • Tumores Renais
  • Tumores Hepáticos
  • Tumores Ósseos Malignos
  • Sarcomas de Partes Moles
  • Neoplasias de Células Germinativas, Trofoblásticas e Gonadais
  • Carcinomas e outras Neoplasias Epiteliais Malignas
  • Outras Neoplasias Malignas Inespecíficas
    Esta classificação é utilizada pelos Registros de Câncer de Base Populacional de cada Estado, para que a nomenclatura fique uniforme.
Fonte: Confederação Nacional das Instituições de Apoio e Assistência à Criança e ao Adolescente com Câncer - CONIACC
www.coniacc.org.br
Tem o objetivo de esclarecer a população do Rio Grande do Norte sobre os sinais e sintomas mais comuns do câncer em crianças e adolescentes. A Campanha alerta para a importância do diagnóstico precoce na obtenção da cura e de um tratamento sem sequelas com o lema : "Na luta contra o câncer infantojuvenil, quanto mais cedo melhor".
Período: Desde 2002.
Atividades: Em parceria com as Regionais de Saúde, os profissionais do RN são capacitados e, paralelamente, são feitas campanhas publicitárias nos meios de comunicação, como emissoras de rádio e televisão, jornais impressos, outdoors, busdoors, panfletos e cartazes nos municípios visitados pela equipe da Campanha. Nas escolas públicas e particulares é apresentada a peça teatral "Quanto mais cedo melhor", que aborda o tema. Essas ações se estendem aos 167 municipios do estado do Rio Grande do Norte.

sábado, 9 de agosto de 2014

Vacina brasileira surge como promissor tratamento contra câncer de próstata

Uma vacina desenvolvida no Brasil e que obteve resultados bem-sucedidos em testes com humanos promete ser um tratamento mais eficaz e barato que o lançado nos Estados Unidos em 2010 e até agora considerado referência para tratar o câncer de próstata.
"Obtivemos taxas espetaculares de redução da doença e de diminuição da mortalidade por câncer de próstata", disse à Agência Efe o pesquisador Fernando Kreutz, responsável pela inovação e proprietário do FK Biotec, o laboratório com sede em Porto Alegre que patenteou a vacina.
O produto estimula o sistema imunológico a identificar e destruir as células cancerígenas e a previsão do laboratório é lançar a vacina em, no máximo, três anos.
Apesar dos testes clínicos demonstrarem a eficácia da vacina no tratamento do câncer de próstata, os responsáveis da inovação consideram que também poderá ter resultados bem-sucedidos com outros tipos da doença.
"Já fizemos pequenos estudos com a vacina para tratar câncer de mama, de pâncreas, de intestino e melanoma. O pequeno número de pacientes ainda não nos permite ter conclusões clínicas, mas nos impressionou uma resposta clínica parcial em um paciente com câncer de pâncreas, que é um dos mais agressivos e mortais, com um índice de sobrevivência de apenas três meses", explicou Kreutz.
O fármaco é desenvolvido a partir das células tumorais do próprio paciente e tem o objetivo de tratar pessoas que já foram diagnosticadas com câncer para evitar a reaparição da doença ou sua morte.
"Trata-se de uma tecnologia que prevê o tratamento particular, já que cada vacina é elaborada a partir de células do paciente. Trata-se, além disso, de uma vacina terapêutica e não preventiva. Seu objetivo é tratar as pessoas com o tumor e não prevenir o surgimento da doença", acrescentou o pesquisador.
Os primeiros testes foram realizados em 107 pacientes com câncer de próstata em estado avançado, ou seja, já submetidos à cirurgia ou que já tinham retirado a próstata, que passaram por revisões periódicas durante cinco anos depois da vacinação.
Enquanto em 85% dos pacientes vacinados foi impossível detectar o PSA cinco anos depois, essa porcentagem foi de apenas 48% entre os pacientes não vacinados. O PSA é a proteína utilizada como marcador nos exames para diagnosticar câncer de próstata.
Entre os pacientes vacinados a taxa de mortalidade se reduziu a 9%, muito abaixo dos 19% registrados entre os não vacinados.
"Neste tipo de câncer a taxa de mortalidade média é de um em cada cinco pacientes, mas com a vacina conseguimos reduzir as possibilidades de morte para um em cada 11 pacientes", comemorou o proprietário do KF Biotec, que é vinculada a programa da Finep (empresa vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação).
Os testes clínicos, que agora entrarão em sua terceira fase com outros 416 pacientes, também demonstraram que o produto é seguro.
De acordo com Kreutz, a vacina brasileira poderá ser uma alternativa a uma mais cara e menos eficaz lançada há três anos pelo laboratório americano Dendreon, cujo valor de mercado chegou a US$ 6 bilhões graças à inovação.
Enquanto o tratamento americano é oferecido por US$ 91 mil por paciente, o brasileiro pode ser colocado no mercado por US$ 35 mil dólares no exterior e US$ 15 mil no Brasil, segundo seu criador.
A outra vantagem é que enquanto o tratamento americano tem como alvo um único antígeno, o brasileiro foi desenvolvido para trabalhar com múltiplos antígenos, o que aumenta sua eficácia para destruir elementos estranhos e reduz as possibilidades de resistência.
"A importância deste projeto é que, além de oferecer um novo tratamento oncológico no mundo com base na imunoterapia, estamos introduzindo uma tecnologia inédita no Brasil", concluiu Kreutz.
Chá de camomila para acalmarO chá de camomila tem várias qualidades que vão além do sabor agradável. Ele pode proporcionar momentos de relaxamento e prazer e também possui propriedades funcionais importantes, chamadas de compostos fenólicos, com destaque para o flavonóide apigenina e quercetina.
O flavonóide apigenina, mais predominante na Matricaria recutita ou Chamomilla recutita (camomila), é responsável pela coloração da planta, que apresenta efeito calmante e relaxante.
Para tal efeito, basta preparar uma infusão de água fervente junto com a erva seca e deixar abafando 
por pelo menos 10 minutos. Recomenda-se a ingestão de 2 a 3 xícaras ao dia, entre as refeições.
Do ponto de vista nutricional, a correção de hábitos alimentares e a reeducação alimentar têm excelente sinergia com o uso dos chás. É importante ressaltar que, por tratar-se de uma erva com efeito terapêutico, a ingestão de chás não deve ser relizada tão próxima às refeições, para que não haja “competição” entre os componentes das plantas e os nutrientes dos alimentos, não interferindo assim na absorção intestinal.
O bom senso deve andar lado a lado com a saúde a fim de manter a biodisponibilidade e funcionalidade dos princípios ativos, garantindo momentos de prazer.

Os benefícios do chá

Depois da refeição, no fim da tarde ou antes de dormir. O chá – que teve sua origem no Oriente – tornou-se popular em vários países e também no Brasil, sendo a segunda bebida mais consumida no mundo, depois da água. É feito com a infusão de folhas em água quente e, tradicionalmente, são usadas folhas da planta chamada chá, que pode ser verde, branco, preto ou Oolong, intermediário entre o verde e o preto. Com o tempo, os povos começaram a usar outras folhas, flores e frutos.
Os benefícios do cháNo início, o chá era consumido apenas com objetivo medicinal, mas aos poucos passou a ser usado, como bebida, por prazer.
O pioneiro na difusão dessa nova característica foi Confúcio, líder espiritual chinês que desenvolveu e disseminou preceitos éticos no século VI a.C. O chá aportou na Europa, trazido por holandeses e portugueses, devido às colônias que tinham na China. Mas foi no século XVIII que a bebida se espalhou pelo mundo, pois os ingleses incluíram o chá no cardápio diário, o famoso 'chá das 5'.
Além de proporcionar um momento de relaxamento ou de reunir amigos, tomar chá é um hábito muito saudável. Dependendo da folha usada na infusão, a bebida pode oferecer nutrientes que ajudam no bom funcionamento do organismo.
"Existe uma série de chás que contribuem para a saúde", diz Fabiana Trovão, nutricionista clínica, especializada em nutrição funcional do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE).
Segundo ela, o chá verde, por exemplo, que tem como princípio ativo os polifenois (responsáveis por diminuir os níveis de colesterol), contribui para a saúde bucal e tem efeito antioxidante, diminuindo a produção de radicais livres, responsáveis pelo envelhecimento.
Com características semelhantes, o chá preto tem mais cafeína e deve ser tomado até as 6 horas da tarde para não interferir no sono.
Apesar da tradição das folhas de chá (verde e preto) no Brasil, os de camomila, hortelã, erva-doce, capim-cidreira e boldo estão entre os mais consumidos.
Outra paixão brasileira é o chá-mate, derivado da erva-mate. Além de ser utilizado de diversas maneiras, seja no chimarrão, seja no tererê (bebida típica da Região Centro-Oeste), é refrescante e tem propriedades antioxidantes.

Efeitos do bem

Quente ou fria, a bebida pode trazer mais do que um momento de prazer. Há os chás que estimulam o apetite, ajudam a acalmar e melhoram a função gastrointestinal. Confira a função de cada um.
Os chás não podem ser usados de forma aleatória, sem indicação de um profissional, pois podem causar danos à saúde
  • Estímulo do apetite: alecrim, agrião, camomila, melissa, dente-de-leão, sálvia, manjerona, alfavaca.
  • Calmantes ou sedativos: capim-cidreira, maracujá, valeriana, hortelã, folha de laranja, melissa, alface e angélica.
  • Melhora nos problemas estomacais e intestinais:erva-doce, hortelã, camomila, poejo, angélica, sálvia e funcho.
  • Digestivos: hortelã, camomila, boldo, quássia, raiz de genciana, sálvia, carqueja, anis estrelado.
  • Cicatrizantes: eucalipto, cavalinha, maracujá, couve, babosa, bálsamo-do-peru, cardo santo.
  • Anti-inflamatórios: agrião, limão, hortelã, alecrim, cavalinha, dente-de-leão, urtiga, folha de abacate.
  • Antissépticos: arnica, bardana, limão e malva branca.
  • Antidiarreicos: casca ou polpa de maçã, broto ou polpa de goiaba e casca de romã.
  • Estímulo do intestino: semente de linhaça, ameixa preta, cáscara sagrada, zimbro, hortelã, erva-doce e capim-cidreira.
  • Combate aos radicais livres: chá-mate.
Mesmo com tantos efeitos funcionais, os chás não são medicamentos e não devem substituí-los. Também é muito perigoso comprar folhas em mercados populares, indicadas por leigos como tratamento de doenças. "Os chás não podem ser usados de forma aleatória, sem indicação de um profissional, pois podem causar danos à saúde. O fato de ser natural não elimina os efeitos colaterais. É preciso conhecer a planta e sua eficácia para então ter certeza de sua ação no organismo", alerta a nutricionista Fabiana.

Modo de preparo

Nada mais simples do que preparar um chá; basta ferver a água e depois colocar as folhas em infusão. O ideal é a bebida ser tomada entre as refeições – quente ou fria – e seu preparo ser feito na hora. "Quando deixado em garrafa térmica, o chá pode perder até metade das propriedades funcionais", aconselha a nutricionista.
Apesar de em muitos países, como a Inglaterra, o chá ser misturado ao leite, a nutricionista informa que esse modo de preparo prejudica a absorção das catequinas, encontradas principalmente no chá verde e responsáveis pela ação antioxidante.